Nossa Diretora: Valéria Albuquerque - Pedagoga Empresarial.

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* MISSÃO:



- Realizar Serviços de Consultoria e Assessoria Empresarial, utilizando métodos modernos;



- Conduzir os Processos de Treinamento e Desenvolvimento, através de um trabalho, com
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- Conduzir Serviços de Consultoria e Assessoria de Qualidade, com Segurança, Discrição, Bom Gosto e Inovação na Gestão de Pessoas;

- Atuar no Mercado visando o crescimento Técnico, Profissional, baseado na Ética e Valores Morais, procurando fazer bem tudo aquilo a que se propuser;

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quinta-feira, 29 de março de 2012

Segundo "Milagre Brasileiro"?

                                Segundo "Milagre Brasileiro"?

Marcos Troyjo
Diretor do BRICLab da Universidade Columbia e professor do IBMEC

Não há dúvida de que o baixo crescimento da economia brasileira em 2011 resultou – dentre outros fatores – dos reflexos da grave crise européia. No entanto, ele evidencia mais ainda os limites do atual modelo de crescimento brasileiro. O período de 2003 até o presente foi de grandes conquistas. Estas, contudo não são suficientes, como querem alguns, para caracterizá-lo como sendo um “segundo Milagre Brasileiro”.

                A bem da verdade, o "primeiro" (1968-1973), período em que o crescimento médio anual experimentado pelo Brasil foi superior a 11% do PIB, tampouco deveria ter recebido o nome de "Milagre". À época, como agora, o Brasil tinha escassa poupança interna. Dependia, como nos dias de hoje, de abundantes fluxos de empréstimos financeiros e de investimentos estrangeiros diretos (IEDs) para sustentar seu crescimento.

                Em tempos de expansão da economia internacional e crédito externo abundante e barato, como na virada dos 1960-70, era fácil endividar-se para financiar o crescimento. Mercado interno de demandas reprimidas e influxos maciços de capital combinaram-se perfeitamente para produzir uma artificial sensação de prosperidade. O primeiro choque do Petróleo, como sabemos, desencantou o “Milagre”.

               Agora, como há 40 anos, crédito externo também encontra-se disponível e a preços baixos – embora por razões distintas. As megacrises de 2008 e 2011 forçaram os bancos centrais do hemisfério norte a avizinhar suas taxas de juros a zero. Com uma comparativamente elevada remuneração do dinheiro e um mercado interno protegido (embora cada vez mais poroso) por uma reinterpretação da política de substituição de importações, o Brasil tem mais uma vez ponteado preferências de investimentos de portifólio e IEDs.

               O Brasil de 2012 ocupa a mesma fatia da economia mundial que detinha em 2002 (2,90%). Seu crescimento é também inferior à média do período atingida por Índia e China, ou por seus vizinhos latino-americanos que, como o Brasil, crescente – e infelizmente – também têm se caracterizado por baixa prpditovidade e pela oligocultura (poucas commodities agrícolas e minerais) de exportação.

               Nenhum, no entanto, dentre Rússia, Índia, China ou demais latino-americanos, galgou tantas posições no ranking do PIB mundial graças à apreciação pura e simples de sua moeda no período 2003-até hoje.

               O Brasil ocupa hoje pouco mais de 1% do comercio internacional (eram 2% em 1950) e encontra-se há mais de duas décadas estacionado no investimento de apenas 1% do PIB em Pesquisa & Desenvolvimento, um dos pilares essenciais do imperativo da inovação.

             As realizações socioeconômicas da última década são inegáveis, sobretudo nos resultados de combate à pobreza e inclusão social, que promoveram a ascensão de 40 milhões de pessoas. Mas tal ascensão é mais impressionante quando o Brasil se compara com ele próprio ou com seus primos latino-americanos. Muito menos quando a comparação é com outros focos globais de crescimento, como os asiáticos.

              Longe de um novo Milagre Econômico, o Brasil arrisca-se mais uma vez a comportar-se como “país-sanfona” – expansão e contração de sua economia ao sabor da conjuntura internacional e das vacilações na definição de um rumo estratégico.

Brasil Econômico, 27.3.2012

--
Marcos Troyjo
Director,
BRICLab
Adjunct Associate Professor of International and Public Affairs
Columbia University
International Affairs Building, 13th Floor
212-854-3213
mt2792@columbia.edu

(Postado por Valéria Albuquerque - Real Consultoria e Serviços)

'Vedomosti', principal jornal de Economia da Rússia, traz entrevista com Marcos Troyjo

'Vedomosti', principal jornal de Economia da Rússia, traz entrevista com Marcos Troyjo

O jornal russo “Vedomosti", principal diário econômico da Rússia, entrevistou em Moscou o brasileiro Marcos Troyjo, professor do IBMEC, no Rio de Janeiro, e diretor do BRICLab da Universidade Columbia, em Nova York. A entrevista saiu em página inteira e foi reproduzida no site do importante jornal moscovita.

A seguir, os pontos mais importantes da fala de Marcos Troyjo aos repórteres do “Vedomosti”.

Vedomosti – Marcos Troyjo, qual a relevância do termo BRIC? Ele já não estaria obsoleto? Nos últimos tempos, alguns especialistas garantem que a Rússia não deveria fazer parte do grupo.

Marcos Troyjo – Eu discordo completamente daqueles que buscam excluir a Rússia do grupo. O BRIC não é um bloco econômico, nem um projeto de integração regional, nem uma organização internacional, nem uma plataforma para alcançar consenso nas relações internacionais. Também não constitui uma parte de outra organização, como a ONU ou a Organização Mundial do Comércio. O que seria o BRIC? É uma categoria que permite entender a mudança de paradigma do sistema internacional. Quando falo de mudança, não falo somente de critérios econômicos. Aliás, mesmo se julgarmos por estes, não se pode excluir a Rússia do BRIC, visto que, por exemplo, possui o PIB per capita mais alto entre esses quatro países. Como ignorá-la? É o maior país do mundo, sua população tem quase 150 milhões de pessoas, é uma potência nuclear, membro permanente do Conselho de Segurança da ONU, é o maior produtor de petróleo do mundo. 20% dos pesquisadores do mundo são russos, visto que a Rússia gasta uma parte significativa do seu PIB em pesquisas e desenvolvimento. É claro que a Rússia é uma parte integrante do BRIC.

Vedomosti – Não seria válido enquadrar outros países nessa categoria?

Marcos Troyjo – Existe um grande grupo de países em desenvolvimento, se é que ainda podemos chamá-los de países em desenvolvimento. O próprio Jim O'Neill, criador do nome do grupo, os chama de mercados de crescimento, economias em crescimento. Acredito que ele esteja certo: trata-se de países que são a maior fonte de crescimento mundial. Nesse grande grupo existem países que diferem muito entre si, no que diz respeito ao território, população, política externa, ambição e economia. Entre eles, existem os países líderes, constituídos por Brasil, Rússia, Índia e China, e há ainda outros países que também são importantes, mas esses não se equiparam com os líderes da categoria. Por exemplo, uma vez por ano acontece o fórum de consulta política dos BRICS, incluindo a África do Sul aos quatro países que originaram o grupo. No Brasil, o Estado do Rio de Janeiro, até o final do ano, terá um PIB igual ao da África do Sul inteira. Mas no Brasil existem 27 Estados. Como se pode incluir a África do Sul nessa categoria? A questão é que, por motivos políticos, por exemplo, o Brasil quer se tornar membro permanente do Conselho de Segurança da ONU, e, para isso, precisa do apoio dos países africanos; Por isso, pode incluir a África do Sul no fórum de consultas políticas. Mas se nos basearmos em evidências de mudanças no equilíbrio de forças do mundo, podemos considerar apenas o BRIC.

Vedomosti – Num artigo sobre as metas da economia da Rússia, Vladimir Putin escreveu que após a queda do bloco soviético a Rússia deveria se encaixar na Divisão Internacional do Trabalho, pela qual grandes centros têm se desenvolvido sem a inclusão da Rússia, ainda mais aqueles que se formaram em oposição à União Soviética. Mas o mesmo pode ser dito da China. No entanto, agora a Rússia é basicamente um país petroleiro, e a China é a principal potência industrial do mundo. Por que esses dois países tiveram destinos tão diferentes?

Marcos Troyjo – A diferença é explicada pelo fato de que no final dos anos 1970 a China desenvolveu e realizou um projeto estratégico para melhorar o bem-estar e a prosperidade. Isso foi um projeto muito bem formulado e gradual, que foi muito bem aceito pelas condições internacionais da época e as mudanças mundiais nos 30 anos seguintes. A Rússia não fez nada parecido. Como foi construído o modelo chinês? Devido ao fato de os esforços da geopolítica dos Estados Unidos serem direcionados ao comunismo, por terem interesse em derrubar o regime soviético, os norte-americanos tiveram interesse em criar uma tensão entre Moscou e Pequim. Em 1979, a China foi a nação mais favorecida em termos comerciais pelos Estados Unidos. Isso significa que os bens produzidos na China seriam tratados no mercado dos Estados Unidos como norte-americanos. Mas a China não apenas ganhou acesso ao maior mercado do mundo. Ela criou um clima de negócios muito favorável, estimulando o desenvolvimento de parcerias público-privadas (PPP) para a construção de infraestrutura pública; teve baixos índices de imposto de renda e imposto sobre os lucros das empresas; alocou ações de empresas que trabalham no continente. Graças a isso, a China começou a sugar os investimentos de empresas de manufatura do mundo inteiro, que buscavam acesso à parceria público-privada chinesa e ao mercado norte-americano. E não se pode esquecer da enorme vantagem competitiva da China, que tem uma mão de obra muito barata (que, com o tempo, é claro, se reduziu). Os chineses realizaram um modelo que chamo em meus livros de modelo da “Nação Comerciante”. Esse país disse pra si mesmo: o crescimento será resultado da exportação; o comércio será seu instrumento, com a ajuda do qual criaremos um grande excedente e obteremos recursos substanciais para o investimento interno no país. Além disso, a China teve uma folga nas questões geopolíticas. Naquele tempo, como o mundo continuava com a Guerra Fria e as oposições geopolíticas ficavam mais afiadas, os chineses disseram: “Vocês podem continuar com tudo isso sem nós, pois nós temos a nossa própria questão importante a resolver, nós estamos construindo uma gigantesca base industrial, orientada para exportação.” A Rússia agiu assim? Não. O Brasil? Não.

Vedomosti – É por que eles possuem recursos naturais? Marcos Troyjo – Não só por isso. É uma questão da construção de um modelo, desenvolvimento de uma estratégia. As três questões mais importantes para os países do BRIC: 1) se existe ou não um projeto de aumento de influência, seja política ou militar; 2) se existe ou não um projeto de aumentar o bem-estar; 3) se existe ou não um projeto de aumento de prestígio. Se implementar apenas o primeiro projeto, o chamado “Hard Power”, o que num sentido particular é bem característico da Rússia e, num maior grau, da União Soviética, o país terá problemas; são imprescindíveis os outros dois projetos. A China pelo 33.º ano consecutivo realiza um projeto estratégico de aumento da prosperidade; e ela cresce na China. Este projeto é em grande parte baseado no modelo de "nação comerciante". Dentre os países que se utilizaram desse modelo (é claro, com algumas alterações) como fonte de crescimento, a Alemanha e o Japão após a Segunda Guerra Mundial e os Tigres Asiáticos, incluindo, é claro, a Coreia do Sul, foram os mais bem sucedidos. Já os países que buscaram alcançar seu status no sistema internacional muito por causa da influência geopolítica, como Cuba, Coreia do Norte e, em certa medida, a Rússia, estão atrasados.

Vedomosti – O que a Rússia deve fazer, considerando que o modelo de nação comerciante está perdendo seu apelo por causa da crise dos consumidores ocidentais, que vão comprar menos do que nos anos 1990 e nos anos 2000?

Marcos Troyjo – O que vou dizer agora é importante para a Rússia e para o Brasil. Você chamou a Rússia de país petroleiro; o Brasil também é, em certa medida, um país petroleiro e de biocombustíveis. Em ambos os casos, a questão é a dependência de um país de matérias-primas e recursos naturais. Isso é ruim? Não necessariamente. A questão gira em torno da maneira de utilizá-los. O modelo de crescimento moderno no Brasil sugere que sua riqueza de matéria-prima é um dos principais trampolins para o crescimento econômico, e esse modelo é necessário para mudar o DNA da sociedade econômica brasileira. Para mudar esse DNA é preciso uma vontade política, é preciso um plano, mas precisa-se de recursos. Estes são raros, mas o Brasil e a Rússia os possuem. Esses países recebem grandes lucros da venda de petróleo e podem investir esses lucros nos setores com alto valor agregado, para realizar um crescimento econômico de longo prazo. Acredito que um dos modelos que vão se formular tanto na Rússia quanto no Brasil é uma nova forma de substituição de importações. O poder de compra do Estado será usado como isca para as empresas estrangeiras, para que elas abram uma produção local. Esse cenário pode ser chamado de protecionismo no sentido em que a principal tendência da economia mundial no período de recuperação é marcada por uma política de contenção. Em vez de comprar uma camiseta chinesa, vocês vão pagar um pouco mais caro pela camiseta costurada na Rússia. Ou vão comprar a camiseta de uma empresa chinesa, mas produzida na Rússia. A política orçamentária e industrial do governo vai procurar estimular a produção local. Isso, na minha opinião, vai acontecer na Rússia, no Brasil e na China.

Vedomosti – Isso significa que precisamos atrair ativamente os investidores estrangeiros?

Marcos Troyjo – Certamente

Vedomosti – Em relação a isso, quais são os obstáculos para a Rússia?

Marcos Troyjo – Falta de confiança, de uma política industrial clara e coerente, de incentivos para as empresas estrangeiras abrirem sua produção na Rússia, a ausência de grandes projetos implementados pelo governo, nos quais empresas estrangeiras poderiam desempenhar um papel significativo, criando capacidade de produção. Outra coisa importante é a falta de transparência. Não é que regras não existam – elas só não são conhecidas ou são incompreensíveis. Eu gostei do discurso do Vladimir Putin no Fórum Rússia, onde ele anunciou planos para melhorar o clima de investimentos e de negócios. Pode-se gostar ou não do Putin, mas ele tem autoridade, poder e capital político. A Rússia possui um conjunto de medidas, um plano do que deve ser feito. Se unir o capital político com esse conjunto de medidas, a situação pode se transformar. Mas para alcançar isso, é imprescindível mais um elemento: vontade política. Sem esta, vai continuar tudo igual.

Diário da Rússia,


(Postado por Valéria Albuquerque - Real Consultoria e Serviços)

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Novidades sobre Marcos Troyjo

Notas - 07/01/2012 - 18h17


Artigo de Marcos Troyjo lidera lista dos Mais Lidos do Financial Times

Com o artigo "Brazil's import substitution industrialisation 2.0', o brasileiro Marcos Troyjo, Diretor do BRICLab da Columbia University e colunista da VOTO, lidera a lista dos textos mais lidos da semana no site do jornal britânico 'Financial Times', uma das mais importantes publicações de economia e negócios do mundo.
Marcos Troyjo (Foto Divulgação)Marcos Troyjo
O artigo integra a série '12 for 2012' que a seção de mercados emergentes do 'Financial Times' (beyondbrics) veicula com análises sobre as principais economias em crescimento neste ano. No texto, Troyjo argumenta que o Brasil assiste o renascimento silencioso da política de Industrialização de Substituição de Importações, que ele classifica de "ISI 2.0".

Para Troyjo, a "ISI 2.0 reinterpreta e atualiza o conceito de nacionalismo e é o parâmetro de como o Estado no Brasil protege, incentiva e compra. Em vez do mero incentivo a empreendedores brasileiros, a ISI 2.0 convida à 'brazileirização' de empresas que queiram aproveitar o potencial do mercado brasileiro por meio da robusta ferramenta de indução de compras governamentais".

No artigo do 'Financial Times', Troyjo adverte que esse modelo é vulnerável ao longo do tempo. "Precisa que a poupança internacional na forma de IEDs transfira-se de forma volumosa ainda por muitos anos.", prevê. Troyjo conclui que para a estratégia funcionar, "além das reformas estruturais, será preciso gerar rápidos ganhos de produtividade por ciclos de aprendizado mais curtos e assim promover a harmonização da capacidade brasileira de competir globalmente".

Fundado em 1888, o 'Financial Times' tem circulação conjunta entre impresso e digital de 600 mil exemplares diários, com cerca de 2,1 milhão de leitores. O jornal é impresso simultaneamente em 23 cidades no mundo e seu site registra mais de 4 milhões de usuários.

O artigo pode ser lido no link http://blogs.ft.com/beyond-brics/2012/01/02/12-for-2012-brazils-import-substitution-2-0/?catid=666&SID=google#axzz1iT2Vi2rT

FINANCIAL TIMES
FT.COM
Most popular
1. 12 for 2012: Brazil’s import substitution industrialisation 2.0
2. Hungary: new year, more debt problems
3. Hungary: staring into the abyss
4. Hungary: nobody understands us
5. Chinese workers and railway misery
6. Vietnamese use dollar at their peril
7. Turkey: 2012′s first bloodbath
8. Amartya Sen: snakes and ladders
9. 12 for 2012: Why Poland will avoid recession even if whole EU does not
10. Hungary: forint fading fast

Source: FT.COM, Saturday, 7 January 2012, 2:52:41 EST

(Postado por Valéria Albuquerque - Real consultoria e Serviços)

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Para uma Educação Nota 10

Para uma Educação Nota 10
Marcos Troyjo
Diretor do BRICLab da Columbia University e professor do IBMEC

          Tenho estudado comparativamente os sistemas de educação de países como Coreia do Sul, China, EUA, Cuba, Argentina, Rússia e Brasil. Aqui, de forma resumida, seguem algumas conclusões.
          
          Educação hoje é retomar sua etimologia em latim. Educar (educere) é liderar, extrair o melhor que cada um tem dentro de si. Ensinar é conduzir alguém a que possa construir sua “sina”, seu destino. Educação é um meio para enfrentar uma época permeada por novas tecnologias; um “ar do tempo” de competição, incertezas e oportunidades.
          
           Já venceu a validade de 3 velhos paradigmas:
          O primeiro: Educação como ingresso seguro no mercado de trabalho. Com a desterritorialização, os “home offices” e a competição transfronteiriça, diplomas ou símbolos tradicionais não são necessariamente diferenciais.
       
         O segundo: Educação como aprimoramento de uma carreira linear. As carreiras tornaram-se sinuosas, com superposição de profissões e disciplinas; aparecimento e desaparecimento de profissões. Processos rotinizáveis são “desumanizados” e substituídos por software. Diminuem tarefas cada vez mais monótonas. A previsibilidade dá lugar à criatividade.
           
        O terceiro: Educação como certeza de desenvolvimento de uma nação. Argentina, que começou o século 20 como uma das 4 mais elevadas rendas per capita no mundo, União Soviética e Cuba destinaram grandes orçamentos (em porcentagem de seu PIB) à Educação. Sem empreendedorismo e vasos comunicantes com empresas e o mercado, ficaram para trás na corrida pela prosperidade.

        Mais do que nunca, Educação hoje se guia por 3 palavras-chave:
-Pertinência (todo o conhecimento é válido, mas há uma hierarquia baseada nas necessidades de um país ou empresas);
- Atualidade(é estonteante a velocidade com que conhecimentos emergem e outros tornam-se obsoletos), e
- Aplicabilidade(não há incompatibilidade entre teoria e prática, mas o conhecimento teórico tem de visar a uma intervenção na realidade).

          Surgem portanto 3 novos paradigmas:
 
         O primeiro: Educação é a forma de lidar com a transfiguração do mundo do trabalho, o que requer especializações do tipo "antes da curva" (que privilegia a tendência sobre a experiência; a lógica dos "early-adopters", velozmente aliados a áreas de ponta.
        O segundo: Educação como convite à "Reinvenção Serial". Não se contentar com rotulações como “engenheiro”, administrador”, “psicólogo”. Saber que temos constantemente de nos reinventar.
        O terceiro: Educação como combustível ao empreendedorismo, seja de natureza criativa (com rupturas e inauguração de novos nichos) ou evolutiva (com aprimoramento de setores recém-criados ou já consolidados).

        Para enfrentar esses novos paradigmas, os parâmetros para a sociedade brasileira são:

- Educação é uma tarefa de responsabilidade compartida entre indivíduo, família, empresa e governo.

- Métodos quantitativos são compulsórios mesmo para as mais abstratas ciências humanas.

- Incutir desde a mais tenra idade uma forma "econômica" de pensar (introjetar a relação custos-recompensas).

- Conhecimento de culturas e civilizações estrangeiras.

- Alimentar o talento naquilo que não pode ser rotinizável.

- Aprender a aprender sozinho.

- Aumentar o investimento do PIB em Educação de 5% para 10% e de 1% para 2,5% em Ciência & Tecnologia.

- E, acima de tudo, elevar o Professor à categoria de herói.

BE, 3.1.12

                                                                       (Postado por Valéria albuquerque da Silva)

12 for 2012: Brazil's import substitution industrialisation 2.0

Financial Times | January 2, 2012 by beyondbrics


12 for 2012: Brazil’s import substitution industrialisation 2.0


This post is the fifth of a series – 12 for 2012 – that beyondbrics is running on key emerging markets topics for the coming year.
By Marcos Troyjo of Columbia University
As the third quarter of 2011 brought a pause to Brazil’s recent long stretch of growth, many have been asking: is this a temporary contraction or is Brazil facing a more troubling halt, in line with its historical pattern of boom and bust?
More than anything, Brazil’s slowdown is a sign that caution vis-à-vis the eurozone crisis is felt in all quarters. The country is taking a breather but it will continue its domestic, market-led growth. Given the reasons why Brazil is growing, however, this may not leave much to celebrate in the future.
Growth in the past eight years is a result of the benign confluence of Brazil’s competence in biofuels, banking, mining, offshore oil, and especially the expected benefits of its vast deep-water “pre-salt” reserves. Brazil will turn out more than 6m barrels of crude a day by 2020. To reach that goal Petrobras plans to spend over $1tn in coming years in pre-salt projects.
The company’s yearly capital spending of $45bn far exceeds NASA’s annual budget at the height of the Space Race (in current dollars). Petrobras is also the main force behind the remaking of Brazil’s naval industry. From 2012 to 2022, the company will buy more than 250 large oil tankers at an average price of $125m each – and 65 per cent of its components have to be “Made in Brazil”.
That says a lot about the country’s growth model. Contemporary Brazil is seeing the quiet rebirth of policies formulated by Raul Prebisch (1901-1986), the Argentine economist, and Celso Furtado (1920-2004), Brazil’s leading advocate of Dependency Theory. We may call this renaissance “Import Substitution Industrialisation 2.0″ or ISI 2.0.
From the early 1950s, Brazil used import substitution to change the DNA of a country historically attached to agriculture and mining. Its most spectacular periods of growth in the 20th Century – President Juscelino Kubitschek’s “50 Years in 5” (1956-61) and the “Brazilian Miracle” (1967-73) – were largely the result of ISI. It produced annual growth rates in excess of 10 per cent and indeed converted Brazil into a large industrial economy targeted at a vibrant domestic market. However, inarticulate exchange-rate policies, a lack of vertical industrial integration and unfavourable international junctures have made inflation and foreign debt the “twin sisters” of ISI.
ISI 2.0 can be easily identified in the way state-owned enterprises, official banks, municipalities, states and the Federal Government interpret and implement Brazil’s interests in the global economy. Today, ISI 2.0 is the parameter of how government in Brazil protects domestic companies from foreign competition, fosters local content and goes about procurements.
Prebisch and Furtado – still the patron-saints of policy-makers at BNDES (Brazil’s powerful government-owned development bank) and the economic departments in Brasília – argued that only those countries performing massive indigenous industrialisation could become “cyclical centres” of the global economy and therefore endogenously trigger their own development.
Present day ISI 2.0 has two faces. It continues to apply high import taxes and other barriers to protect national groups and foster Brazil’s chosen industrial priorities (semiconductors, software, electronics, automobiles and others). As the country’s currency is clearly overvalued, its trade deficit in manufactured goods would be even larger if it were not for tariff shields – which contribute to the outrageous prices paid by Brazilian consumers for many foreign goods.
Much like its 1950s prototype, ISI 2.0 is clearly “nationalistic”. It nonetheless updates the concept of “economic nationalism”. Rather than merely sheltering Brazilian entrepreneurs, ISI 2.0 calls for the “Brazilianisation” of companies wishing to harness the potential of Brazil’s domestic market. An entire set of incentives is put to the service of those who decide to create jobs in Brazil. Its most powerful tool is the robust policy of government procurement which has found expression in the Lula-Dilma administrations (of Luiz Inácio Lula da Silva, president from 2003 to 2010, and Dilma Rousseff, president since January 2011).
Brazil is operating under what we could call “the pre-salt hedge”. According to this notion, multiplier effects of new oil discoveries for those who decide to invest in Brazil will be so huge during the next 30 years that they “anchor” the decision to set up long-term operations in the country. That is why 2011, in spite of the global crisis, sees Brazil receiving $65bn in foreign direct investment, 5 per cent of the world’s total.
Is all this good news for Brazil? No. It may become an underperformer among the Brics and other EMs as it continues to sweep urgently-needed labour, tax and political reforms under the carpet. And Brazil’s ISI 2.0 is inherently vulnerable. It relies on heavy, non-stop flows of FDI pouring in over many years. For all this to work smoothly, ISI 2.0 must generate shorter learning cycles to boost rapid and voluminous productivity gains – conspicuously absent in Brazil.
Making matters worse is the fact that over the past quarter century Brazil has failed to implement a strategic project for power or prosperity. Today, it confuses the concept of such a project with the so-called “PAC” (the Portuguese-language acronym for Brazil’s Growth Acceleration Programme, centred on updating the country’s poor physical infrastructure). Welcome as it is, the PAC is not about building the future. It is the search for lost time: ports, airports, paved roads – the past catching up with the present.
Brazil’s comparative advantages of today (bioenergy, mining, oil, pre-salt and so on) must foster the knowledge-based competitive advantages of tomorrow. This will be a long road for a country that directs less than 1 per cent of its GDP to research and development.
The future for Brazil lies in making its companies tech-intensive in various industries. There is nothing more strategic for Brazil than the challenge of transforming its creative people into a society of entrepreneurship and innovation.
Marcos Troyjo is director of the BRICLab at Columbia University, where he teaches international affairs
(Postado neste Blog por Valéria Albuquerque da Silva)

"O aquecimento global e seu impacto no planeta".

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Apartir do dia 22/01/2012, estaremos divulgando uma nova série de palestras, a serem oferecidas gratuitamente as empresas, como forma de divulgação dos Serviços da nossa Consultoria em nosso Blog, nos perfis do Twitter, LinkedIn, Fecebook e Orkut. Aguardem!!!!!!

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