Por Valéria Albuquerque
Algumas
empresas de consultoria, fizeram recentemente, uma grande pesquisa, para
avaliar o crescimento do trabalho remoto no país, por causa do aumento do número
do desemprego de profissionais, pelas decisões de ajustamento das empresas,
para se adequarem a crise econômica.
Embora
bastante discutido, o termo está geralmente referido à essa modalidade
exercida por funcionários em empresas, ou seja,
profissionais fixos que dividem a carga horária entre a empresa, sua casa ou
trabalho de campo.
A
atual proposta de Reforma Trabalhista que
será discutida no congresso aponta, entre as mais de 100 mudanças, a
inclusão de novas modalidades de
contratações, bem como o Trabalho Remoto.
Para os
funcionários que terão a possibilidade de trabalhar todos os dias ou alguns
dias em casa, em dúvida trará diversos benefícios como: viver sem o estresse do
trânsito, sem perder tempo com deslocamentos, mais perto da família e
muitos outros benefícios. Também para as empresas, que diminuíram
consideravelmente os custos com infraestrutura de escritório,
transporte e alimentação, além de comprovadamente aumentar a produtividade dos
funcionários. A economia pode chegar a 11 mil dólares por funcionário por ano, de acordo com
a consultoria americana Global Workplace Analitcs.
As
empresas brasileiras ainda estão tímidas em transformar as relações de trabalho, em comparação com outros países.
Um estudo realizado em 2015 pela Compass,
(Global Startup System), aponta que
entre os 20 maiores ecossistemas de
startups do mundo, 1/4 dos funcionários trabalha de forma remota.
No Vale do Silício chega a 43% e em
Amsterdã 36%.
Em
Boston e Moscou, 33% dos
funcionários das empresas entrevistadas trabalham em regime remoto e em Sidney,
21%. No Brasil a exceção é a cidade de São Paulo, única a se destacar com 28% de profissionais que trabalham remotamente. Ela aparece em 12° lugar no ranking, à frente de
cidades como Toronto, Paris e Austin.
Reconhecido
como tendência mundial, o home office
ou trabalho remoto, está sendo gradualmente
implementando pelo mercado de trabalho: um em três profissionais apontam que já
atua dessa maneira na empresa. Mundialmente, o número cresceu de 35% para 51%
entre 2017 e 2018, segundo dados da consultoria inglesa Hays.
Para
mapear essa tendência no Brasil, foi realizada uma pesquisa com mais de 1000
profissionais de pequenas e grandes empresas. Foram ouvidos profissionais de
Gestão de pessoas, Controladoria, Contabilidade, Administrativo, Financeiro,
entre outros departamentos.
Segundo
o estudo, 63,5% das empresas brasileiras ainda não possuem política de trabalho
remoto e 53,2% tem a cultura da empresa como um fator limitante. Já 58,8% dos
colaboradores, cujos locais de trabalho não oferecem home office,
consideram ou querem trabalhar remotamente.
Com
relação às dificuldades de adaptação, para 47,8% das empresas ouvidas, o
controle nas horas para a gestão da jornada de trabalho é uma das barreiras.
Manter a produtividade foi outro desafio apontado por 40% dos participantes.
Para
finalizar, a pesquisa aponta como a tecnologia pode atender aos desafios que a
chegada de um novo modelo de trabalho pode trazer. Entre as dicas estão o uso
de aplicativos de registro com reconhecimento facial e plugins para marcação de ponto no navegador de
internet ponto via celular.
Acreditamos
que em poucos anos, essa modalidade de trabalho, seja amplamente difundida aqui
no Brasil, haja visto que o número de empreendedores – pequenos empresários têm
crescido muito nos últimos anos. O que ajuda no crescimento econômico e
possibilita ao profissional escolher a melhor modalidade de trabalho, de acordo
com o momento pessoal e profissional vivido por ele no seu atual momento de sua
vida.
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respondo todos assim que possível! Abraços e muito sucesso!
(Postado
por Valéria Albuquerque – Pedagoga e Consultora Empresarial – Real Consultoria
e Serviços).
