Nossa Diretora: Valéria Albuquerque - Pedagoga Empresarial.

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"REAL CONSULTORIA & SERVIÇOS - SUA GARANTIA EM QUALIDADE, EFICIÊNCIA, ÉTICA E PROFISSIONALISMO!"

"MISSÃO, VISÃO E VALORES DA REAL CONSULTORIA & SERVIÇOS"

* MISSÃO:



- Realizar Serviços de Consultoria e Assessoria Empresarial, utilizando métodos modernos;



- Conduzir os Processos de Treinamento e Desenvolvimento, através de um trabalho, com
Tecnologias

Integradoras
, por uma Equipe Capacitada;

- Ajudar os Clientes a Planejarem, Redesenharem, Construírem e a Operarem suas empresas, em Sincronia com as Novas Tecnologias, Estratégias Eficazes, Novas Capacidades e Direções Estratégicas Inovadoras de Mercado.

* VISÃO:

- Conduzir Serviços de Consultoria e Assessoria de Qualidade, com Segurança, Discrição, Bom Gosto e Inovação na Gestão de Pessoas;

- Atuar no Mercado visando o crescimento Técnico, Profissional, baseado na Ética e Valores Morais, procurando fazer bem tudo aquilo a que se propuser;

- Atingir a Excelência no Treinamento e Desenvolvimento Pessoal e Profissional, servindo de referência em Consultoria no Brasil.

*VALORES:

- Comprometimento Ético;

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"Quando você está inspirado por algum grande propósito, por algum projeto extraordinário, todos os seus pensamentos rompem seus vínculos: sua mente transcende as limitações, sua consciência se expande em todas as direções, e você se descobre em um mundo novo, grande e maravilhoso.
Forças, faculdades e talentos dormentes tornam-se vivos, e você percebe que é uma pessoa melhor, de jamais sonhou ser!"

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terça-feira, 18 de setembro de 2012

IDÉIAS ECONOMIA: BRASIL 2012

IDÉIAS ECONOMIA: BRASIL 2012
(IDEAS ECONOMY: BRAZIL 2012)





 
04 de outubro de 2012 São Paulo, Brasil

Hotel Unique, Av. Brigadeiro Luis Antonio, n º 4700 - Tel: (11) 3055-4700
 
Economia A Economist Idéias: Evento Brasil vai explorar as questões mais importantes que afetam o futuro social e econômico do Brasil, incluindo o papel das finanças, inovação, empreendedorismo, capital humano, infra-estrutura, design, cultura e política. mais »

Palestrantes confirmados para Economia Ideias: Brasil 2012


Eike BatistaEike Batista - Chairman e executivo-chefe, do Grupo EBX
 

 
Maria das Graças Silva Foster -
Executivo-chefe, Petrobras



Marcos Troyjo
Diretor, BRICLab, da Universidade de Columbia
 


Luciano Coutinho - Presidente, BNDES


 
 
Marcelo Odebrecht
- Executivo, a Odebrecht

 
 
Reinaldo Garcia -
Presidente executivo-chefe, a GE, a América Latina


 
 
Marco Gomes - Founder, Boo-Box
 
 

Claudia Costin - Secretary da educação, Rio de Janeiro
 
 
 

Alejandro Santos Rubino - Director, Semana



Helen Joyce - São Paulo chefe da sucursal, The Economist
 
 
 

Rossana Fuentes - Berain Editorial vice-presidente, o Grupo Editorial Expansión


 
Rodrigp Baggio -
Fundador e presidente Center, para a Inclusão Digital

 
 
Kátia Abreu -
O senador e presidente da CNA

 
 
Justine Thody -
Diretor editorial, Américas, Economist Intelligence Unit


 
Andrew Vickers - Global vice-presidente, de ONGs e de Relações com partes interessadas, a Royal Dutch Shell



Contatos para o evento:
 
Bilhetes (ingressos)

- Lina Rey - e-mail: linarey@economist.com
 
Patrocínios e parcerias:
 
Genevieve Moore - e-mail:  genevievemoore@economist.com

Oportunidades de falar:
 
Sophie Sutherland - e-mail:  eventspeakers@economist.com


Informações para a imprensa:
 
Amy Jaick  - e-mail:  amyjaick@economist.co
 
(Postado por Valéria Albuquerque - Real Consultoria e Serviços)

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Republicanos ou democratas?

 



 

Marcos Troyjo


Diretor do BRICLab da Universidade Columbia e professor do Ibmec
 

 

 
Sempre que se avizinham eleições presidenciais nos EUA, vem a pergunta: o que interessa mais ao Brasil, republicanos ou democratas? A reeleição de Barack Obama ou uma Casa Branca liderada por Mitt Romney?

As vantagens para América Latina (Brasil em particular) de uma eventual presidência Romney residiriam nos EUA priorizando a agenda econômica global sobre a agenda política global. Os EUA buscariam privilegiar novas parcerias de modo a diminuir a chamada "sinoinfluência", a crescente presença da China nos tabuleiros internacionais. Isto, se bem negociado, poderia ofertar benefícios pontuais em termos de acesso privilegiado de exportações brasileiras ao mercado norte-americano.

Existe a sensação de que a ênfase asiática da política externa de Obama deixou muitos espaços de influência abertos na América Latina -- região algo esquecida pelo Departamento de Estado nestes últimos anos. Tais espaços não são ocupados por forças simpáticas a Washington. O Brasil desempenha papel importante nesse jogo. Poderia relançar cooperação com os EUA que produzisse resultados em outras dimensões, como o decisivo apoio dos EUA ao tradicional pleito brasileiro por um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU.

Já as desvantagens de uma vitória republicana ganhariam força com críticas à "internacionalização" dos EUA. Reforçadas pelo insularismo de setores mais conservadores do Partido Republicano, tais posições levariam a uma ênfase do esforço de investimento em conteúdo nacional -- e delimitado sobretudo para atividades empresariais realizadas no âmbito do próprio território norte-americano.

Os EUA diminuiriam, portanto, o estoque relativo de capital passível de converter-se em investimentos estrangeiros diretos (IEDs) com destino a países como o Brasil. Seria a tendência a termos menos produtos "Made in the World" (frutos da desterritorialização da produção, das empresas-redes e do outsourcing) em nome de políticas industriais mais paroquiais, que propiciassem uma volta ao "Made in USA".

Vale lembrar que os EUA ainda são o principal centro irradiador de IEDs para o Brasil. A China, que se tornou nossa maior parceira comercial em anos recentes, está reorientando estratégias em prol de seu mercado interno. Com isso, os EUA tendem a reassumir o posto de principal parceiro comercial do Brasil.

Tradicionalmente se argumenta que as administrações democratas são mais focadas nos problemas internos dos EUA e, em termos econômicos, mais protecionistas.
Presidentes republicanos praticam política externa mais abrangente e unilateral em assuntos político-militares embora, em questões de comércio e investimento, deixam mais aberto o acesso ao mercado interno norte-americano. Estas distinções de estilo vão se embaralhar ante a fragilidade da recuperação econômica global.

O certo é que, num ou noutro cenário, o Brasil haverá de reformular, à luz de seus próprios interresses, o que deseja do relacionamento com os EUA. A China desacelera. A Europa convalesce. A América Latina move-se em diferentes velocidades -- Colômbia e México decolam; Argentina e Venezuela patinam. Os EUA, cujo crescimento percentual do PIB pode superar o brasileiro em 2012, têm de ser repriorizados na agenda estratégica do Brasil.
 
(Postado por  Valéria Albuquerque - Real Consultoria e Serviços)

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

A armadilha da renda média - por Marcos Troyjo

A armadilha da renda média

Marcos Troyjo
Diretor do BRICLab da Universidade Columbia e professor do Ibmec




A marcha lenta que vem ditando o ritmo da economia brasileira nos últimos meses convida ao repensar de um conceito bastante atual: a chamada “armadilha da renda média”. Trata-se do “ponto de inflexão” na trajetória de desenvolvimento dos países, tal como formulou Arthur Lewis, vencedor do Prêmio Nobel em Economia em 1979.

Ferramenta utilizada para analisar a estagnação da economia brasileira a partir dos anos 1980, a noção de “armadilha” hoje vem sendo empregada para examinar o futuro das economias de renda média da Ásia que experimentaram elevado crescimento do final da década de 1970 até hoje. Mais do que tudo, examinar hoje a “armadilha” traz à tona os verdadeiros elementos que permitem crescimento elevado – e sustentado – ao longo do tempo.

Os pressupostos dessa maneira de analisar o problema são os seguintes: é mais fácil – e rápido – para uma nação deixar um nível de renda baixa para o de renda média do que sair da renda média e ingressar no clube de países de renda elevada. O percurso da renda baixa à media se faz por “imitação” (adaptação criativa). O da média à alta por “inovação” (destruição criativa). Países de crescimento rápido são aqueles cuja economia expande-se a níveis superiores a 3,5% ao ano em ciclos de no mínimo 7 anos.

No limite, países de renda média têm dificuldade de competir com nações de renda mais baixa em produtos de menor valor agregado. Sofrem também com a competição dos mais ricos em bens e serviços mais sofisticados. Em suma, a “armadilha” implica que aqueles nela enredados padecem das limitações do crescimento elevado e rápido sem no entanto haver atingido o grau de especialização da produção e a qualidade de vida das nações mais desenvolvidas.

O Brasil tem como romper as amarras da armadilha da renda média? É difícil, pois como bem aponta o professor Barry Eichengreen, da Universidade da Califórnia, Berkeley, a desaceleração do crescimento é sinônimo de desaceleração da produtividade total dos fatores (PTF). Estudo realizado em 2010 pelos economistas Fernando de Holanda Barbosa Filho, Samuel de Abreu Pessôa e Fernando Veloso da Fundação Getúlio Vargas mostra que entre 1992 e 2007 a PTF no Brasil cresceu apenas 11.3%.

Estes são parâmetros esclarecedores. Reforçam a noção de que os períodos de elevado crescimento da economia brasileira associam-se (I) à vigorosa demanda global por commodities em que o Brasil apresenta vantagens comparativas ou (II) a períodos de proteção do mercado via substituição de importações, forte papel do Estado na composição da demanda e consumo interno voraz.

O primeiro parâmetro nos atrela à expansão da infraestrutura e a uma aquecida demanda por bens agrícolas de países como a China. O segundo aposta numa veloz – e duradoura – construção de capacidades locais de modo a compensar pela ineficiência e altos custos dos estágios iniciais das políticas de favorecimento de conteúdo local. Além, é claro, de crescentemente instigar a disposição a consumir do cidadão brasileiro.

Que bom seria utilizar nossas credenciais agrícolas e minerais como base para incrementar os vetores (educação, ciência, tecnologia, inovação) que de fato empurram para cima a produtividade total dos fatores. São eles que permitem a um país escapar da armadilha da renda média.




BE, 31.7.12

(Postado por Valéria Albuquerque - Real Consultoria e Serviços)










terça-feira, 3 de julho de 2012

Crescimento não é desenvolvimento

Crescimento não é desenvolvimento
Marcos Troyjo
Diretor do BRICLab da Universidade Columbia e professor do Ibmec



O Brasil não adota um "modelo de desenvolvimento". O que existe no País é um "padrão-de-crescimento-baseado-no-apetite-do-mercado-interno".
As noções de "modelo" e "padrão" são bem distintas. A primeira é de natureza estratégica e dinâmica; abrange um "plano". A segunda é tática e recorrente; reage aos desígnios da economia global. A primeira promove desenvolvimento. A segunda, crescimento.

Muitos acham que ainda é possível ao Brasil expandir sua economia a taxas satisfatórias apenas com o incentivo ao consumo do mercado interno. Há porém muitas condicionantes para que o “padrão” se transforme em “modelo”. Baixo nível de poupança e investimento. Arcaísmo trabalhista e tributário. Gargalos de infraestrutura. Educação, ciência, tecnologias insuficientes.
À imagem da experiência histórica de outros países, o Brasil precisa eleger um modelo. Elencar prioridades. Por elas sacrificar-se.
Isto passa necessariamente pelos setores em que o Brasil apresenta vantagens comparativas. Agronegócio, mineração, petróleo em águas profundas, biocombustíveis. Estas devem ser as bases para uma nova economia. A plataforma de geração de excedentes a serviço da construção das novas vantagens competitivas do Brasil -- na nanotecnologia, bioengenharia, biotecnologia, química fina, novos materiais, na robótica, porque aqui é que está o futuro. Estes são os diferenciais competitivos que vão colocar os países na vanguarda dos mercados em ascensão.
A atual reinterpretação da política de substituição de importações no Brasil é um bom exemplo da diferença entre "modelo" e "padrão". É praticamente impossível perceber modelos de fomento industrial ao redor mundo que não tenham sido feitos com alguma forma de substituição de importações. Esta é quase que uma passagem necessária para a criação de capacidades locais.
A substituição de importações não pode ser vista como regra ad eternum. Ela tem que ser uma espécie de proteção para o nascimento das competências num setor específico da atividade econômica, que capacita aquele setor a competir internacionalmente.

Para a construção do "modelo" há que se ter por base três elementos. O primeiro é vontade política. O segundo, condições objetivas do ponto de vista da disponibilidade de capital. O terceiro, um bom diagnóstico daquilo que o mundo é hoje. Orientar estratégias às oportunidades que se descortinam para o Brasil.

Sempre se critica o "déficit" de vontade política. Mas é difícil imaginar alguém como a Presidente Dilma Rousseff desprovida da vontade de construir um "atalho para o desenvolvimento" que leve a nação a patamares muito mais elevados. Ela intui a importância da inovação e de reposicionar o País na economia do conhecimento.
Ainda assim, o Brasil de hoje confunde o "padrão" de expansão por estímulos pontuais ao mercado interno com o que seja um "modelo" que permita nossa evolução econômica. E daí continuarmos a nos equivocar no diagnóstico – e portanto na compreensão de diferença entre crescimento e desenvolvimento.

BE. 3.7.12

(Postado por Valéria Albuquerque - Real Consultoria e Serviços)

sexta-feira, 27 de abril de 2012

Entrevista Marcos Troyjo ISTOÉ DINHEIRO: "BRICs: é preciso mexer em time que está ganhando'"



ECONOMIA

ONLINE | Economia | 20.ABR.12 - 21:00 | Atualizado em 20.04 - 21:44

'BRICs: é preciso mexer em time que está ganhando'

A afirmação é do economista e diplomata Marcos Troyjo, diretor do BRICLab, da Universidade Columbia, de Nova York, que acompanha o crescimento dos quatro países emergentes, entre eles o Brasil

Por Carla Jimenez
Assista à entrevista com o diretor do BRICLab, Marcos Troyjo
Em time que está ganhando se mexe, avisa o economista e diplomata Marcos Troyjo, diretor do BRICLab, da Universidade Columbia, de Nova York, que acompanha o crescimento dos quatro países emergentes, entre eles o Brasil. “OS BRIC são como um time de futebol que está em vantagem, mas que precisa ser mexido para que continue vencendo”, explica ele. Ou seja, aumentar investimentos em educação, pesquisa e desenvolvimento, e no fim do labirintos burocráticos, observa Troyjo. “Hoje o empresário brasileiro gasta menos tempo falando com sua cadeia de fornecedores e mais com seu contador, e advogado para entender cipoal tributário.”

DINHEIRO: O Brasil está indo bem na condução da sua política macroeconômica?
MARCOS TROYJO:
Há muitas razões para olhar o copo e dizer que está metade cheio, mas também há muitos motivos para dizer que ele está meio vazio. O Brasil tem muitas oportunidades. Só no pré-sal, a Petrobras investirá, nos próximos dez anos, o equivalente ao que a Nasa investiu nos dez anos mais produtivos na corrida espacial. Fora o que vem de outras áreas, como biotecnologia, por exemplo. Mas há muitas coisas que nós não estamos fazendo ainda.

DINHEIRO: O que você citaria que estamos fazendo certo?
TROYJO:
Estamos tendo mecanismos inovadores interna e externamente de distribuição de renda. Bolsa Família é um deles. Estamos fazendo certo em aplicar programa de renda mínima. Algo mais ligado a alívio da pobreza do que ao desenvolvimento. Nós acertamos ao escolher algumas macroáreas como agricultura, mineração e petróleo e gás, onde temos grandes vantagens comparativas e competitivas. Também temos uma gestão macroeconômica há 16 anos que é espartana, com Lei de Responsabilidade Fiscal, por exemplo, uma razoável autonomia de Banco Central, as meta de inflação, etc. O que há de novo hoje: há muito tempo nao tinhamos política industrial.

DINHEIRO: Nós temos política industrial consistente?
TROYJO:
Nós temos sim, sempre tivemos, de alguma forma. Mas na época em que predominavam os modelos do Consenso de Washington, mantinham-se as contas fiscais em aberto, os países tinham baixa poupança, etc. O principal pilar do Consenso, que era a idéia de que a solução de desenvolvimento viria de livres capitais, convidava à inexistência de política industrial, pois atores em si trabalhavam sob a idiea de que cabia ao mercado decidir.

DINHEIRO: E hoje?
TROYJO:
Como sucessor desse período e de mentalidade, há um duplo fenômeno. Há uma parte defensiva que é governar aumentando barreiras, estabelecendo cotas de importação, por exemplo, e subsídio ao produtor nacional. Isso é um perigo, menos inovador, e responde pontualmente à gritaria de um setor ou outro. Mas não é uma estratégia de longo prazo. Agora há um outro movimento no Brasil. O País testemunha o renascimento silencioso das chamadas políticas de substituição de importações, que eu chamo de ‘substituição de importações 2.0’.A versão anterior, a 1.0, digamos assim, é quando o economista argentino Raul Prebich e o brasileiro Celso Furtado pensaram num modelo diferente, levando em conta uma tendência internacional de depreciação de commodities. A questão era industrializar ou morrer.

DINHEIRO: O cenário era outro...
TROYJO:
Sim, os países não tinham poupança interna, não tinham base empreendedora nacional importante, não haviam insitituições de fomento, tudo estava por fazer. O jeito era criar uma política de contratação de poupança internacional, que é dívida externa e repassar para o ator local, e assim ele tinha os recursos necessários para se industrializar. E você protegia o ator local da competição internacional por um determinado tempo. Nesse modelo, há três caracteristicas básicas: além de ser sustentado por dívida externa, você gera moeda para obter dólar, e tem viés xenofóbico. Você tem de encontrar um parceiro local que faça o que o estrangeiro faria.

DINHEIRO: E a substituição 2.0?
TROYJO:
Como a nossa economia é voltada para o mercado interno, e se trata de um mercado muito vibrante, é preciso driblar as barreiras tarifárias para aproveitar essa vantagem. A única maneira de vender aqui é se ‘abrasileirar’. É diferente da China, onde toda empresa que entra é para se tornar uma grande plataforma de exportação. Aqui não, quem entra aqui é para atender ao mercado interno. Além da ponta do consumo da sociedade, há um fenômeno mais recente, que é o do poderosíssimo instrumento das compras governamentais ou das compras de empresas de economia mista.

DINHEIRO: Estamos indo bem nessa estratégia?
TROYJO:
Olha, há alguns exemplos malucos. A Petrobrás, por exemplo, precisa comprar 20 navios por ano, navios estes com autorização para cruzar continentes. O custo desses navios especiais giram em torno de US$ 75 milhões, US$ 80 milhões, dependendo da região que ele vai se movimentar. A Petrobrás vai pagar US$ 125 milhões. Ou seja, há um prêmio de US$ 45 milhões. Mas nessas especificações, 65% das embarcações têm de ser produzidas no Brasil. Precisa ter o soldador local, o engenheiro naval local, o sujeito que faz a terraplanagem localmente, e leva-se em conta os preços relativos no Brasil. Terras mais caras, infraestrutura de energia, etc.

DINHEIRO: Mas o que justifica esse prêmio de US$ 45 milhões sobre o preço médio internacional?
TROYJO:
50% dos US$ 45 milhões é curva de aprendizado para o Brasil. Em dez, 15 anos, cria-se um aprendizado que faz com que a oportunidade corra atrás desse conhecimento. Os outros 50% são os custos locais: trabalhista, fiscal, complexidade tributária no Brasil. O nome do jogo é ‘local-contentismo'.

DINHEIRO: Há uma choradeira geral sobre desindustrialização no Brasil. Estamos perdendo indústrias?
TROYJO:
Na verdade o Brasil está se reindustrializando em alguns setores, caso de petróleo e gás, logística, na cadeia agropecuária e na indústria naval.

DINHEIRO: Nós conseguimos mensurar quando isso começa a trazer o retorno efetivo para o país?
TROYJO:
Transformar-se num pólo industrial vai depender do que faremos com a nossa curva de aprendizado. Com 5% de PIB em educação dá para fazer isso? Não. E para aprender, você precisa de investimento em Pesquisa e Desenvolvimento. O Brasil está grudado há 25 anos no teto de 1% de investimento em P&D.

DINHEIRO: O que precisa mudar no Brasil?
TROYJO:
Qualquer setor manufatureiro no Brasil gasta menos tempo falando com sua cadeia de fornecedores e mais com seu contador, e advogado para entender cipoal tributário. é uma das coisas que não estamos fazendo. se este país investir 7,5% em educaçao, poupar 25% do pib, investir 2,5% em Ciência e tecnologia, e hoje há todas as condições para fazer isso, por causa do nosso ‘hedge’ do pré-sal. Se fosse assim, seríamos uma potência, podíamos ter uma renda per capita igual à da Espanha (US$ 29 mil), quase três vezes a nossa.

DINHEIRO: Privilegiar o conteúdo local tem recebido críticas, como uma fórmula protecionista que facilita a ineficiciência.
TROYJO:
A primeira pergunta que faço no curso que promovo em Columbia é: Os BRICs estão efetivamente emergindo? Todos dizem que sim. Mas estão subindo por quê? Eles estão ascendendo porque têm conseguido trabalhar políticas de atração de investimento para desenvolver conteúdo local.

DINHEIRO: Por que nós não conseguimos alcançar o status de plataforma de exportações, como outro países?
TROYJO:
Este é um tema que eu estudei muito. Pelas mais diferentes razões. Desde razões "lusoibéricas", a memória genética da monocultura de exportação ainda é muito presente. Se você tem uma cultura de exportação de poucos produtos, ou oligocultura, não é necessário ter uma pauta internacional brilhante. Não se é um país vendedor, é um país que é comprado. Isso é um fator histórico que explica coisas engraçadas. Somos um país de 190 milhões de pessoas e 8 empresas multinacionais. A Suécia é um país de 8 milhões de pessoas e tem 180 empresas multinacionais.

DINHEIRO: Os outros países do BRIC estão melhores que nós?
TROYJO:
A Rússia já teve o maior centro de cientistas. Em 1972, a URSS tinha um em cada 4 cientistas no mundo. Eles competiam na corrida especial, mas não conseguiam desenvolver um fogão para esquentar comida. A Rússia tem um problema demográfico hoje, muitos idosos. Tem um cheiro de fim de século, depressivo, de que o passado é mais glorioso que o presente e futuro será menos ainda. Um jovem de 20 anos na Rússia quer ir embora. Faz coisas lindas, na arquitetura, bons na arte, é um caso muito complexo. As pessoas não querem mais ter filhos, e além disso, carecem de transparência no Estado.

DINHEIRO: E a Índia?
TROYJO:
Um professor disse certa vez que a China era um civilização fingindo ser um país. Acho que a Índia também. É um pais tão grande, com escolas como o MIT, Oxford, tem um pólo de software, farmacêutico, e tem muito empreendedorismo, mais que a China, o Brasil, e a Rússia. A experiência de falar inglês massivamente os fez adquirir a cultura de venture capital, por exemplo. Mas eles também têm 800 milhões de pessoas qee vivem sob as limitações de regimes de castas. É um país, também, com características complicadas. Já teve problemas com a China, é país nuclear, e tem um vizinho nuclear que o odeia (Paquistão)...

DINHEIRO: E quanto à China?
TROYJO:
Ela está fazendo as coisas certas. Investe em educação, inovação. Em 2000, somente 0,6% ia para P&D. Hoje, investe 1,5%. Em 2025, serão 2%. Os Estados Unidos, por exemplo, investem 2,25%. O que eles aprenderam? As razões que os farão grandes fortes, poderosos e prestigiosos no futuro são razões diferentes que os tornaram mais fortes, poderosos e prestigiosos nesta década. No futebol dizemos: em time que está ganhando não se mexe. Mas para falar do futuro dos BRIC é exatamente o oposto. Um time que está ganhando e que precisa ser mexido para que continue vencendo. É porque está dando certo que você precisa mudar. Querem deixar de ser nação comerciante para investir mais em ciência e tecnologia. Querem menos crescimento do PIB mas com mais qualidade. Os chineses têm um plano. Ao contrário de nós: nós não temos um plano.

DINHEIRO: Então entre os quatro países, o mais pronto é a China?
TROYJO:
Há dados para sustentar isso. Trilhões de dólares de reserva, US$ 1,2 trilhão de exportações.

DINHEIRO: O Brasil não tem tantas reservas, por exemplo, mas está melhor do que no passado...
TROYJO
: Mas aí você está comparando o Brasil com ele mesmo. E aí é como bater o recorde sulamericano de natação. É bom, mas não é o recorde mundial. Mas se por um lado a China está bem preparada, ela tem desafios muito maiores de escala brutal. Os brasileiros são, entre aspas, “mais fáceis” de serem manejados. É só querer...
--
Marcos Troyjo
Director,
BRICLab
Adjunct Associate Professor of International and Public Affairs
Columbia University
International Affairs Building, 13th Floor
212-854-3213
mt2792@columbia.edu
 
(Postado por Valéria  Albuquerque/Real Consultoria e Serviços)

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Novidades sobre Marcos Troyjo

Notas - 07/01/2012 - 18h17


Artigo de Marcos Troyjo lidera lista dos Mais Lidos do Financial Times

Com o artigo "Brazil's import substitution industrialisation 2.0', o brasileiro Marcos Troyjo, Diretor do BRICLab da Columbia University e colunista da VOTO, lidera a lista dos textos mais lidos da semana no site do jornal britânico 'Financial Times', uma das mais importantes publicações de economia e negócios do mundo.
Marcos Troyjo (Foto Divulgação)Marcos Troyjo
O artigo integra a série '12 for 2012' que a seção de mercados emergentes do 'Financial Times' (beyondbrics) veicula com análises sobre as principais economias em crescimento neste ano. No texto, Troyjo argumenta que o Brasil assiste o renascimento silencioso da política de Industrialização de Substituição de Importações, que ele classifica de "ISI 2.0".

Para Troyjo, a "ISI 2.0 reinterpreta e atualiza o conceito de nacionalismo e é o parâmetro de como o Estado no Brasil protege, incentiva e compra. Em vez do mero incentivo a empreendedores brasileiros, a ISI 2.0 convida à 'brazileirização' de empresas que queiram aproveitar o potencial do mercado brasileiro por meio da robusta ferramenta de indução de compras governamentais".

No artigo do 'Financial Times', Troyjo adverte que esse modelo é vulnerável ao longo do tempo. "Precisa que a poupança internacional na forma de IEDs transfira-se de forma volumosa ainda por muitos anos.", prevê. Troyjo conclui que para a estratégia funcionar, "além das reformas estruturais, será preciso gerar rápidos ganhos de produtividade por ciclos de aprendizado mais curtos e assim promover a harmonização da capacidade brasileira de competir globalmente".

Fundado em 1888, o 'Financial Times' tem circulação conjunta entre impresso e digital de 600 mil exemplares diários, com cerca de 2,1 milhão de leitores. O jornal é impresso simultaneamente em 23 cidades no mundo e seu site registra mais de 4 milhões de usuários.

O artigo pode ser lido no link http://blogs.ft.com/beyond-brics/2012/01/02/12-for-2012-brazils-import-substitution-2-0/?catid=666&SID=google#axzz1iT2Vi2rT

FINANCIAL TIMES
FT.COM
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1. 12 for 2012: Brazil’s import substitution industrialisation 2.0
2. Hungary: new year, more debt problems
3. Hungary: staring into the abyss
4. Hungary: nobody understands us
5. Chinese workers and railway misery
6. Vietnamese use dollar at their peril
7. Turkey: 2012′s first bloodbath
8. Amartya Sen: snakes and ladders
9. 12 for 2012: Why Poland will avoid recession even if whole EU does not
10. Hungary: forint fading fast

Source: FT.COM, Saturday, 7 January 2012, 2:52:41 EST

(Postado por Valéria Albuquerque - Real consultoria e Serviços)

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Para uma Educação Nota 10

Para uma Educação Nota 10
Marcos Troyjo
Diretor do BRICLab da Columbia University e professor do IBMEC

          Tenho estudado comparativamente os sistemas de educação de países como Coreia do Sul, China, EUA, Cuba, Argentina, Rússia e Brasil. Aqui, de forma resumida, seguem algumas conclusões.
          
          Educação hoje é retomar sua etimologia em latim. Educar (educere) é liderar, extrair o melhor que cada um tem dentro de si. Ensinar é conduzir alguém a que possa construir sua “sina”, seu destino. Educação é um meio para enfrentar uma época permeada por novas tecnologias; um “ar do tempo” de competição, incertezas e oportunidades.
          
           Já venceu a validade de 3 velhos paradigmas:
          O primeiro: Educação como ingresso seguro no mercado de trabalho. Com a desterritorialização, os “home offices” e a competição transfronteiriça, diplomas ou símbolos tradicionais não são necessariamente diferenciais.
       
         O segundo: Educação como aprimoramento de uma carreira linear. As carreiras tornaram-se sinuosas, com superposição de profissões e disciplinas; aparecimento e desaparecimento de profissões. Processos rotinizáveis são “desumanizados” e substituídos por software. Diminuem tarefas cada vez mais monótonas. A previsibilidade dá lugar à criatividade.
           
        O terceiro: Educação como certeza de desenvolvimento de uma nação. Argentina, que começou o século 20 como uma das 4 mais elevadas rendas per capita no mundo, União Soviética e Cuba destinaram grandes orçamentos (em porcentagem de seu PIB) à Educação. Sem empreendedorismo e vasos comunicantes com empresas e o mercado, ficaram para trás na corrida pela prosperidade.

        Mais do que nunca, Educação hoje se guia por 3 palavras-chave:
-Pertinência (todo o conhecimento é válido, mas há uma hierarquia baseada nas necessidades de um país ou empresas);
- Atualidade(é estonteante a velocidade com que conhecimentos emergem e outros tornam-se obsoletos), e
- Aplicabilidade(não há incompatibilidade entre teoria e prática, mas o conhecimento teórico tem de visar a uma intervenção na realidade).

          Surgem portanto 3 novos paradigmas:
 
         O primeiro: Educação é a forma de lidar com a transfiguração do mundo do trabalho, o que requer especializações do tipo "antes da curva" (que privilegia a tendência sobre a experiência; a lógica dos "early-adopters", velozmente aliados a áreas de ponta.
        O segundo: Educação como convite à "Reinvenção Serial". Não se contentar com rotulações como “engenheiro”, administrador”, “psicólogo”. Saber que temos constantemente de nos reinventar.
        O terceiro: Educação como combustível ao empreendedorismo, seja de natureza criativa (com rupturas e inauguração de novos nichos) ou evolutiva (com aprimoramento de setores recém-criados ou já consolidados).

        Para enfrentar esses novos paradigmas, os parâmetros para a sociedade brasileira são:

- Educação é uma tarefa de responsabilidade compartida entre indivíduo, família, empresa e governo.

- Métodos quantitativos são compulsórios mesmo para as mais abstratas ciências humanas.

- Incutir desde a mais tenra idade uma forma "econômica" de pensar (introjetar a relação custos-recompensas).

- Conhecimento de culturas e civilizações estrangeiras.

- Alimentar o talento naquilo que não pode ser rotinizável.

- Aprender a aprender sozinho.

- Aumentar o investimento do PIB em Educação de 5% para 10% e de 1% para 2,5% em Ciência & Tecnologia.

- E, acima de tudo, elevar o Professor à categoria de herói.

BE, 3.1.12

                                                                       (Postado por Valéria albuquerque da Silva)

12 for 2012: Brazil's import substitution industrialisation 2.0

Financial Times | January 2, 2012 by beyondbrics


12 for 2012: Brazil’s import substitution industrialisation 2.0


This post is the fifth of a series – 12 for 2012 – that beyondbrics is running on key emerging markets topics for the coming year.
By Marcos Troyjo of Columbia University
As the third quarter of 2011 brought a pause to Brazil’s recent long stretch of growth, many have been asking: is this a temporary contraction or is Brazil facing a more troubling halt, in line with its historical pattern of boom and bust?
More than anything, Brazil’s slowdown is a sign that caution vis-à-vis the eurozone crisis is felt in all quarters. The country is taking a breather but it will continue its domestic, market-led growth. Given the reasons why Brazil is growing, however, this may not leave much to celebrate in the future.
Growth in the past eight years is a result of the benign confluence of Brazil’s competence in biofuels, banking, mining, offshore oil, and especially the expected benefits of its vast deep-water “pre-salt” reserves. Brazil will turn out more than 6m barrels of crude a day by 2020. To reach that goal Petrobras plans to spend over $1tn in coming years in pre-salt projects.
The company’s yearly capital spending of $45bn far exceeds NASA’s annual budget at the height of the Space Race (in current dollars). Petrobras is also the main force behind the remaking of Brazil’s naval industry. From 2012 to 2022, the company will buy more than 250 large oil tankers at an average price of $125m each – and 65 per cent of its components have to be “Made in Brazil”.
That says a lot about the country’s growth model. Contemporary Brazil is seeing the quiet rebirth of policies formulated by Raul Prebisch (1901-1986), the Argentine economist, and Celso Furtado (1920-2004), Brazil’s leading advocate of Dependency Theory. We may call this renaissance “Import Substitution Industrialisation 2.0″ or ISI 2.0.
From the early 1950s, Brazil used import substitution to change the DNA of a country historically attached to agriculture and mining. Its most spectacular periods of growth in the 20th Century – President Juscelino Kubitschek’s “50 Years in 5” (1956-61) and the “Brazilian Miracle” (1967-73) – were largely the result of ISI. It produced annual growth rates in excess of 10 per cent and indeed converted Brazil into a large industrial economy targeted at a vibrant domestic market. However, inarticulate exchange-rate policies, a lack of vertical industrial integration and unfavourable international junctures have made inflation and foreign debt the “twin sisters” of ISI.
ISI 2.0 can be easily identified in the way state-owned enterprises, official banks, municipalities, states and the Federal Government interpret and implement Brazil’s interests in the global economy. Today, ISI 2.0 is the parameter of how government in Brazil protects domestic companies from foreign competition, fosters local content and goes about procurements.
Prebisch and Furtado – still the patron-saints of policy-makers at BNDES (Brazil’s powerful government-owned development bank) and the economic departments in Brasília – argued that only those countries performing massive indigenous industrialisation could become “cyclical centres” of the global economy and therefore endogenously trigger their own development.
Present day ISI 2.0 has two faces. It continues to apply high import taxes and other barriers to protect national groups and foster Brazil’s chosen industrial priorities (semiconductors, software, electronics, automobiles and others). As the country’s currency is clearly overvalued, its trade deficit in manufactured goods would be even larger if it were not for tariff shields – which contribute to the outrageous prices paid by Brazilian consumers for many foreign goods.
Much like its 1950s prototype, ISI 2.0 is clearly “nationalistic”. It nonetheless updates the concept of “economic nationalism”. Rather than merely sheltering Brazilian entrepreneurs, ISI 2.0 calls for the “Brazilianisation” of companies wishing to harness the potential of Brazil’s domestic market. An entire set of incentives is put to the service of those who decide to create jobs in Brazil. Its most powerful tool is the robust policy of government procurement which has found expression in the Lula-Dilma administrations (of Luiz Inácio Lula da Silva, president from 2003 to 2010, and Dilma Rousseff, president since January 2011).
Brazil is operating under what we could call “the pre-salt hedge”. According to this notion, multiplier effects of new oil discoveries for those who decide to invest in Brazil will be so huge during the next 30 years that they “anchor” the decision to set up long-term operations in the country. That is why 2011, in spite of the global crisis, sees Brazil receiving $65bn in foreign direct investment, 5 per cent of the world’s total.
Is all this good news for Brazil? No. It may become an underperformer among the Brics and other EMs as it continues to sweep urgently-needed labour, tax and political reforms under the carpet. And Brazil’s ISI 2.0 is inherently vulnerable. It relies on heavy, non-stop flows of FDI pouring in over many years. For all this to work smoothly, ISI 2.0 must generate shorter learning cycles to boost rapid and voluminous productivity gains – conspicuously absent in Brazil.
Making matters worse is the fact that over the past quarter century Brazil has failed to implement a strategic project for power or prosperity. Today, it confuses the concept of such a project with the so-called “PAC” (the Portuguese-language acronym for Brazil’s Growth Acceleration Programme, centred on updating the country’s poor physical infrastructure). Welcome as it is, the PAC is not about building the future. It is the search for lost time: ports, airports, paved roads – the past catching up with the present.
Brazil’s comparative advantages of today (bioenergy, mining, oil, pre-salt and so on) must foster the knowledge-based competitive advantages of tomorrow. This will be a long road for a country that directs less than 1 per cent of its GDP to research and development.
The future for Brazil lies in making its companies tech-intensive in various industries. There is nothing more strategic for Brazil than the challenge of transforming its creative people into a society of entrepreneurship and innovation.
Marcos Troyjo is director of the BRICLab at Columbia University, where he teaches international affairs
(Postado neste Blog por Valéria Albuquerque da Silva)