"a pedagogia na antiguidade e a educação romana"
Autor: Real Consultoria & ServiçosA PEDAGOGIA NA ANTIGUIDADE E A EDUCAÇÃO ROMANA
A PEDAGOGIA
Nas sociedades escravistas de Roma e Grécia o trabalho manual era desvalorizado, enquanto que o intelectual constituía num privilégio da aristocracia. Assim: os Educadores da época buscavam formar o homem racional, que fosse capaz de pensar corretamente e se expressar de forma convincente. Se tornando assim num modelo adequado à elite dirigente
Enquanto que na Pedagogia Grega havia uma valorização da visão filosófica sistematizada ou o predomínio da retórica, em Roma, a reflexão filosófica não merecia uma atenção de maneira sistemática, onde os romanos adotam uma postura mais pragmática, voltada para o cotidiano, para a ação política e não para a contemplação e teorização do mundo (isso denota o domínio da retórica sobre a filosofia).
O que era A Humanitas?
A Humanitas – palavra era usada por Cícero para descrever a formação de um falante ideal (orador), que ele julgava que deveria ser educado para possuir um conjunto de virtudes do caráter apropriado para uma vida ativa de serviço público; estas incluem um fundo de aprendizagem adquirida com o estudo das litterae bonae ("boas letras", ou seja, a literatura clássica, especialmente a poesia), que também seria uma fonte de cultivo contínuo e prazer no lazer e aposentadoria, a juventude e a velhice, bem e mal, boa sorte.
Humanitas: Significa uma Cultura Universalizada. Equivale à Paidéia, distingue-se dela por se tratar de uma cultura predominantemente humanística e, sobretudo cosmopolita e universal, buscando aquilo que caracteriza o homem, em todos os tempos e lugares. Concepção que não se restringe ao ideal de homem sábio, mas se estende à formação do homem virtuoso, como ser moral, político e literário.
Degeneração do termo humanitas = acontece com o tempo e restringe-se ao estudo das letras e descuido das ciências.
Roma desenvolvia uma concepção de império formado de vários povos. Não discriminava o vencido e ainda lhe conferia o direito da cidadania romana, em troca do pagamento de impostos. Aliás, uma prática muito comum na época.
Os principais representantes Humanistas
CÍCERO SÊNECA QUINTILIANO
A Pedagogia em Roma está voltada para questões práticas. Surge por volta do século I a.C com Cícero, Sêneca e Quintiliano.
- Catão, o antigo (234-149 a.C.): defende a tradição contra o início da influência helênica e o retorno às raízes romanas.
- Varrão (116-27 a.C.): representa a transição pela qual os romanos terminam por aceitar a contribuição grega. Seu trabalho é prático. Escreveu uma enciclopédia didática, em que discute o ensino de gramática e que serve de base para trabalhos posteriores. Compôs sátiras, que orientam o jovem na virtude, com máximas edificantes.
- Cícero (106-43 a.C.): ampliou o vocabulário latino, apoiado na experiência com o grego e na erudição. Valorizou a fundamentação filosófica do discurso, o que o diferencia de seus conterrâneos, tornando-o um dos mais claros representantes da humanitas romana. Compreendia que a educação integral do orador requer cultura geral, formação jurídica, aprendizagem da argumentação filosófica, bem como o desenvolvimento de habilidades literárias e até teatrais, igualmente importantes para o exercício da persuasão. Cícero chegou a ser um dos principais modelos dos pedagogos renascentistas.
- Sêneca (4 a.C.–65): Vê a filosofia como um instrumento capaz de orientar o homem para o bem viver. A filosofia teria a função de ensinar a verdadeira vida humana, que não se confunde com o gozo dos prazeres, voltada que está para o domínio das paixões, já que a felicidade consiste na tranqüilidade da alma. Por isso a educação deve ser prática e vivificada pelo exemplo.
Sêneca compreende que a educação prepara o homem para o ideal de vida estóico: o domínio dos apetites pessoais. à Enfatiza a formação moral e dá menos importância à retórica. Ocupa-se da psicologia como instrumento para a preservação da individualidade.
- Plutarco (45 – 125): Reconhece a importância da música e da beleza na educação, bem como a formação do caráter.
- Quintiliano (35-95): Foi um dos mais respeitados pedagogos romanos. Lecionou durante 20 anos na escola de retórica, fundada em Roma.
Quintiliano distancia-se da filosofia, preferindo os aspectos técnicos da educação, sobretudo da formação do orador.
Valorizava a psicologia como instrumento para conhecer a individualidade do aluno. Não se prendia a discussões teóricas, mas procurava fazer observações técnicas i indicações práticas.
Sugeriu para iniciação às letras, o ensino simultâneo da leitura e da escrita, criticando as formas vigentes por dificultar a aprendizagem.
Recomendou alternar trabalho e recreação para que a atividade escolar fosse menos árdua e mais proveitosa.
Considerava importante que a criança aprendesse em grupo, porque isso favoreceria a competição entre elas, de natureza altamente saudável e estimulante.
Recomendava a prática dos exercícios físicos, realizada sem exageros.
Valorizou a busca da clareza, da correção, da elegância e dos clássicos como Homero e Virgílio no estudo de gramática, reconhecendo os aspectos estético, espiritual e ético.
Destacava a importância da instrução geral e dos exercícios que tornariam a aprendizagem uma segunda natureza.
Sendo assim, podemos dizer sem nenhuma dúvida, que todos esses formaram e ajudaram com grande contribuição pessoal, para a Pedagogia que conhecemos e que praticamos nos dias de hoje.
Referências Bibliográficas:
ARANHA, Maria Lúcia. História da Educação. 2. ed. rev. e atual. São Paulo: Moderna, 1996.
- PEDAGOGIA ROMANA – MINIWEB CURSOS
- HUMANITAS – O QUE É? - WIKIPÉDIA
http://www.artigonal.com/ensino-superior-artigos/a-pedagogia-na-antiguidade-e-a-educacao-romana-4353841.html
Perfil do AutorSou Pedagoga e Consultora Empresarial. E minha empresa atua da seguinte forma: "Somos uma empresa de Consultoria, e prestamos serviços de Seleção e Recrutamento,Palestras, Treinamento e Desenvolvimento de Pessoas,Gestão de Projetos,Plano de Negócios,além Assessoria Profissional Individualizada".