2- Prepotência:
Você sabe como
lidar com um colega de trabalho prepotente (mandão)?
Bem, quando
trabalhamos no gerenciamento de pessoas aprendemos técnicas para melhor lidar
com esse colega excessivamente dominador, demonstrando a ele, quais são os seus
limites como colaborador na empresa.
Sabemos que é uma situação muito
comum no mundo do trabalho., encontrar alguém que se destaca dessa forma
negativa. É aquele tipo de situação em que: “Você está trabalhando em suas
tarefas ou mesmo organizando o seu dia de trabalho, quando esse indivíduo
chega. E de repente todos os outros colegas no mesmo ambiente reagem da mesma
forma a presença dele com uma conhecida expressão: “iiiihhhhh... Já chegou a bomba relógio ambulante!”
Esse “mandão” da área age como se
fosse o chefe, tem uma atitude de domínio e quer ser o “dono da verdade”.
Entretanto, ninguém o nomeou como seu chefe ou mesmo líder, ele foi quem se
autodenominou assim. Intitula-se como tal e entrega a si mesmo uma “promoção
invisível” e passa a dizer aos outros colegas de trabalho o tempo todo, como o
trabalho deve ser feito, quem deverá fazer o quê. Dá “feedback” sobre o
comportamento e até mesmo sobre o trabalho dos colegas, dizendo como eles podem
melhorar, ou como deveriam se vestir, falar, etc. Ou seja, ele leva todos os
colegas de trabalho e as vezes até o próprio líder ao limite de sua paciência
com toda a sua prepotência!
Certamente você já trabalhou,
trabalha ou infelizmente trabalhará com um colega assim. E conviver com alguém
que está intencionalmente lhe causando algum tipo de constrangimento,
sofrimento emocional, estresse excessivo entre outros aborrecimentos, sempre
causa em nós um dano grande e não é menor quando se trata de uma equipe
inteira, quando muitas vezes o “prepotente/dominador”
é o seu chefe ou líder em questão. Em alguns casos ainda podemos identificar
essas atitudes como Bullying ou mesmo
como Assédio Moral.
Prepotência
no Trabalho:
No ambiente de trabalho, como na vida
em geral, lidar com pessoas prepotentes e mandonas gera inúmeros problemas
como:
- Ele se acha o “dono da área”;
- Provoca frustração nos colegas de
trabalho e equipe;
- Causa forte estresse ao seu redor;
- Traz desmotivação aos colegas e às
vezes até ao líder da equipe;
- Acarreta a perda de rendimento da
equipe;
- Colocam os colegas em situação de
humilhação diante dos outros.
Infelizmente a maioria destes colegas
de trabalho que são prepotentes não tem ideia de como estão afetando você ou aos outros colegas.
Algumas empresas introduziram um
pensamento no ambiente de trabalho de valorização das posições de chefia sobre
a dos chefiados como demonstração de maior capacidade, conhecimento, prestígio
ou poder. E as pessoas acabam sendo motivadas desde o início de sua formação
pessoal e profissional a almejar posições de liderança.
Quando isso se torna uma busca cega,
esta pessoa pode passar a manipular pessoas e situações para conseguir mais
poder a qualquer preço. Acreditam que estão trabalhando em prol do seu
crescimento profissional, sem se darem conta do rastro de desequilíbrio que
geram em torno e em si mesmos para esta finalidade de “realização”.
Alguns podem utilizar do poder
estabelecido ou oficial para exercer esta influência quando assumem cargos de
supervisão. Às vezes, simplesmente, se apropriam de um poder por tabela
assumindo um papel de “assistente
executivo do chefe”.
Mas é preciso saber distinguir a
diferença entre um colega que é arrogante
do que é prepotente, até porque
muitas das vezes existe uma linha muito tênue entre ambos.
Prepotência
x Arrogância: As diferenças.
Uma pessoa é Prepotente quando ela é
pré-potente, ou seja, ela acredita que a priori, tem o poder de definir as
coisas, tem o conhecimento sobre como as coisas são ou deveriam ser. Mesmo sem
estar investida do poder ela se coloca na condição de autoridade.
Veja que é diferente do líder
espontâneo que assume a liderança de uma situação mesmo sem ter sido chamado e
é legitimado pelos demais. Ex.: Um acidente de trânsito em um cruzamento e um
dos motoristas sai do carro, pede a alguém que chame o bombeiro enquanto pede a
outro que chame a ambulância e pergunta quem seria médico para os primeiros
socorros às vítimas. Esse impulso de liderança exige força, energia, capacidade
de envolvimento, iniciativa, ou seja, características típicas de um líder.
A grande diferença é que o prepotente
não é legitimado nem pelas circunstâncias nem pelos “liderados”. Ele acredita,
na maioria das vezes inconscientemente, que de fato tem um poder sobre as
outras pessoas ou um conhecimento maior que os outros.
O Arrogante, por outro lado, além de
achar que tem mais poder que o outro ou mais conhecimento que o outro, utiliza
isso para se autopromover diante dos demais. Usa isso como instrumento de
comparação e de superioridade em relação aos outros colegas.
Como podemos perceber, o maior
problema está ou na inconsciência do comportamento ou no exagero da atitude.
Então lhe darei dicas simples, para
você usá-las como um recurso de como lidar com um colega prepotente/dominador:
- Você precisa ser capaz de adquirir certo
nível de consciência do que está acontecendo com seu colega e também
desenvolver alguma “potência” para
poder colocar limites. Algumas pessoas acabam sofrendo de forma significativa
com este tipo de colega porque não sabe colocar etapas de limites que deve ser
colocadas de forma crescente. Dificuldades de dizer “não”, de enfrentar, de se
posicionar ou de desagradar os outros costuma ser os principais motivos para
não se colocar limites.
- Tenha cuidado quando o
dominador está, de fato, investido de um papel de poder: seu chefe. Se por um
lado o líder tem a responsabilidade de coordenar, orientar, distribuir tarefas,
dentre outras, alguns líderes ou “chefes” por outro ultrapassam a fronteira da
sua liderança exercendo um controle demasiado nos detalhes do processo,
impedindo o desenvolvimento de novas habilidades ou de novas alternativas
trazidas pelos membros da equipe. O resultado, na grande maioria das vezes, é
um empobrecimento dos resultados da equipe como um todo e dos níveis de
motivação e performance dos seus membros.
- Lidar com pessoas que
sistematicamente agem desta forma, principalmente se não é um superior nosso,
mas um colega de mesmo nível hierárquico costuma trazer reações emocionais e
comportamentais bastante negativas e destrutivas. Então aconselho ter certa
cautela ao lidar com os mesmos.
- Faça uma autoanálise. Escolha como vai
reagir ao comportamento desta e de qualquer outra pessoa na sua vida. Mesmo que
você não se dê conta, ao reagir de forma irritada, desanimada ou apreensiva
diante da ação da pessoa prepotente, você está paradoxalmente dando esse poder
a ela: é o prepotente que determina a sua reação e não você mesmo. Então, como
você escolhe reagir? Você pode permitir que esta pessoa faça você sofrer ou se
distanciar emocionalmente e poder agir de forma a colocar algum tipo de limite.
Veja que tipo de “poder” você está
dando a mesma. Estudos demonstram que muitas vezes, o que nos incomoda-nos
outros são aspectos de nossa própria mente, mesmo que inconscientes, que nos
geram algum tipo de conflito. Neste caso, ou porque desejamos também ter poder,
temos medo de ter o poder, temos medo de reagir ao poder instituído. Mesmo que
você tenha se distanciado o suficiente para não deixar que a forma como o
colega prepotente aja no trabalho atingindo você, não quer dizer que você não
tenha que assumir uma nova atitude diante dela.
Existem situações que nos remetem
também a termos atitudes prepotentes e arrogantes. Devemos avaliar o nível de
poder que achamos ter e tentar mudar nossa atitude. Veja uma pequena lista
desse tipo de comportamento:
- A forma autoritária como me dirijo às
pessoas quando falo sobre o trabalho me faz parecer mandona ou prepotente?
- Eu fui mandona ou tinha algum tipo de “direito” ou
“legitimidade” para dizer a alguém o que fazer?
É claro
que todos nós assumimos, no mundo do trabalho, algum tipo de poder. Então avaliemos
se temos assumido nas seguintes situações de tipos de poder como estas:
- Tempo de Empresa: Julgo-me com poder
porque conheço a cultura, as pessoas e os procedimentos, pois trabalho há mais
tempo que os outros na Empresa.
- Especialista: Possuo um conhecimento
específico ou de Especialista em um assunto. Por isso, reflito uma atitude de
poder, chegando a ser prepotente ou até arrogante.
- Função: Assumo uma função de liderança
em um projeto, equipe ou departamento, isso me leva a ter que assumir uma
postura de poder. Algumas vezes, ao assumir formal ou informalmente uma função
de liderança, eu modifico a minha forma de tratar os meus colegas no trabalho.
A partir dessa análise é possível avaliar em que situações eu me enquadrei como esse
tipo de pessoa, eu com certeza estou identificada com algumas dessas formas que
legitimam o meu poder como uma pessoa com as características de ser mandona ou
prepotente.
É
preciso entender o seu comportamento.
Muitas vezes, apresentam um comportamento prepotente ou mandão pode estar
significando, uma busca para conseguir alguma coisa. E podem ser várias coisas;
- Pode ser
porque quero que o trabalho seja muito bem executado. Como acredito,
internamente, que sou melhor ou sei mais, e “preciso” orientar os demais. Para garantir que o trabalho sai
perfeito.
- Posso
estar querendo exercer este tipo de poder para ser reconhecido como um bom
profissional, comprometido e dedicado.
- Posso
querer que os resultados sejam atribuídos às minhas orientações e comando.
Quero mostrar como sou importante em um típico processo de autoafirmação.
- Ou ajo
assim porque, intimamente e inconscientemente, quero ser respeitado e até amado
pelos colegas.
Em geral, alguns vão agir de forma prepotente
porque tem tal medo de que as coisas deem errado, que julgam ter que exercer
extremo controle para que tudo saia bem na execução da tarefa. O medo e a
insegurança podem, então, estar também por trás de uma atitude prepotente.
Usar da Empatia
para poder entender o seu colega e, se colocar no lugar dele, fará perceber os
motivos dele para reagir assim nas situações. Ao procurar entender os motivos
da reação de seu colega você poderá enriquecer a sua percepção e sua melhor
forma de lidar com ele.
O processo
empático deve ajudá-lo a aceitar que um colega como ele, não é que você tenha
que concordar com o que ele faz e como ele faz. Estabeleça os limites do seu território.
Depois de ter feito uma autoanálise,
uma análise das situações e da pessoa prepotente, você precisa identificar com
o enfrentar o problema de forma assertiva, de forma a estabelecer fronteiras
que limitem o efeito negativo que a pessoa prepotente provoca e, se possível,
ainda contribuindo que o clima no trabalho seja melhor.
A primeira ação é garantir que a
pessoa saiba que seu comportamento está perturbando você. De modo geral, as
pessoas têm dificuldades de falar sobre este tipo de situação com pessoas
prepotentes. Na maioria das vezes, por medo de algum tipo de retaliação ou de
ser a causadora de um problema no ambiente de trabalho.
Para isso, certifique-se de abordar a
questão de forma objetiva no comportamento inadequado, evitando o tom de
crítica ou de confronto. Ou seja, colocando de forma clara e tranquila qual é a
realidade: ele não é o seu chefe, o verdadeiro chefe pode não estar concordando
esta interferência e pode ter outra visão sobre o problema.
Muitas vezes, por conta da nossa
reação ao colega prepotente, não consideramos suas contribuições verdadeiras
para a melhoria do trabalho ou da tarefa. Podemos cair na armadilha de não
fazer porque é ele quem está tentando mandar novamente. Quando reconhecer uma
verdadeira contribuição, agradeça pela contribuição, mostre que você acha que
aquilo pode ser relevante, mas continue mantendo a necessidade de checar com a
liderança se isso está alinhado com a gestão do projeto ou da Equipe.
Se a dificuldade de colocar
limites vem por conta da forma agressiva, autoritária ou desrespeitosa que o
colega prepotente utiliza você deve ter um pouco mais de cuidado. Não responda
reclamando da forma como ele está falando ou agindo com você. Isso leva a outra
reação do colega, gerando um ciclo vicioso. Aborde o comportamento objetivo da
pessoa e como você se sente com isso. Essa postura costuma diminuir a reação,
pois não tem como a pessoa questionar o como você se sente.
Sabemos que é difícil alcançar esse
nível de maturidade emocional, mas esse exercício nos faz ser mais eficiente
para lidar e resolver conflitos interpessoais na nossa vida em geral.
Procure avaliar constantemente como
está se sentindo e administre suas emoções para que elas não tomem conta de
você. Lembre-se do que dissemos antes: você pode escolher como vai reagir a
estas situações.
Confrontar um pensamento ou uma
emoção negativa com um oposto positivo pode auxiliar na desconstrução dos
fatores estressantes e permitir uma vida mais saudável e plena, onde você
busque sua realização no trabalho.
Minha dica
é: Absorva apenas o que te faz crescer, melhorar, desenvolver e evoluir. Se não
for dessa natureza, não vale à pena nem considerar a situação. Apenas
administre e siga adiante!
Atenção amigos: As postagens continuam amanhã, com o próximo tema: FOFOCA! Siga-nos e não perca essas postagens e nossas dicas!Abraço!
Postado por Valéria Albuquerque - Pedagoga e Consultora Empresarial - Real Consultoria e Serviços.
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